sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Inscrições e maiores informações sobre o I Simpósio Conhecendo a Caatinga no blog:

http://www.simposioconhecendoacaatinga.blogspot.com/
MAIORES INFORMAÇÕES ACESSE: http://simposioconhecendoacaatinga.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PROGRAMAÇÃO

I Simpósio Conhecendo a Caatinga
PROGRAMAÇÃO
Dia 20/10 – Quarta- feira
Período: Tarde
14:00 às 15:00 – Credenciamento
15:00 às 15:30 – Mesa de abertura
15:30 as 17:00 – Palestra - A importância do bioma Caatinga para o nordeste brasileiro
17:00 às 18:00- Apresentação musical

Dia 21/10- Quinta-feira
Período: Manhã
08:00 às 09:30 – Palestra – Mamíferos da Caatinga
09:30 às 10:00 - Intervalo
10:00 às 12:00 – Mesa-redonda- Herpetologia da Caatinga

Período: Tarde
14:00 às 16:00 – Mesa Redonda - Mudanças climáticas e o bioma Caatinga
16:00 às 16:30 - Intervalo
16:30 às 18:30 – Mesa Redonda - Unidades de Conservação na Caatinga
Dia 22/10- Sexta-feira
Período: Manhã
08:00 às 09:30 – Palestra IBAMA: Programas do Governo na Caatinga: Prevfogo
09:30 às 10:00 – Intervalo
10:00 às 12:00 – Mesa redonda -Conservação e uso sustentável da Caatinga – Permacultura: Uma Ferramenta Necessária para a Convivência Sustentável no Semi-árido.
12:00 às 14:00 – Intervalo
Período: Tarde
14:00 às 16:00 – Palestra -A importância da Caatinga
A partir das 16hs - Programação Cultural
Dia 23/10– Sábado
Horário previsto: 8h às 15h
Aula de campo.
30 vagas

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Allamanda cathartica L



Nome populares: alamanda, alamanda-amarela, alamanda-de-flor-grande, buiussu, Carolina, cipó-de-leite, comandra, comandau, buiuçu, dedal-de-dama, orélia, purga-de-quatro-pataca, quatro-patacas, santa-maria, quatro-pataca-amarela, sete-pataca.

Características gerais: subarbusto lactescente, perene, trepador ou de ramos escandentes, de 2 a 3 m de altura ou de comprimento, nativa do litoral norte, nordeste e leste do Brasil. Folhas simples, subcoriáceas, glabras em ambas as faces, dispostas em verticilos de 3 folhas por nó. Flores grandes, reunidas em pequenos fascículos terminais. Multiplica-se por sementes e estacas.

Usos: planta muito cultivada em todo o país como ornamental em jardins domésticos e públicos. A literatura etnofarmacológica cita o seu emprego inteiro, ou o seu látex na medicina caseira em algumas regiões do país. O látex é esfregado na pele para a eliminação de sarna e piolhos; a infusão das folhas é considerada purgativa e anti-helmíntica em doses mínimas e, violentamente emética se ingerida em doses maiores. Os indígenas das guianas utilizam o decocto de sua casca deixando algum tempo ao sol, como febrífugo em aplicaçãio externa, esfregando-o ao corpo. Sua propriedade catártica foi confirmada em estudo farmacológicos, utilizando o chá das folhas tendo se mostrado purgativo, sem provocar, porém, reação vomitiva até a dose de 10/1000; o látex mostrou-se também purgativo, porém em doses maiores, é, porém tóxico se ingerido. Na sua composição química destaca-se a presença de lactonas iridóides plumericina, isoplumericina e a allamandina substância dotada de interessante propriedade antineoplásica. São registradas, também, uma cumarina e seu éter metílico.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Aloe vera (L.) Burm. F.

Nomes populares: aloé, babosa, babosa-grande, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo.

Características gerais: planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura, de origem provavelmente africana. Tem folhas grossas, carnosas e suculentas, dispostas em rosetas e presas a um caule muito curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito amargo. Além de cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce de forma subespontânea em toda a região nordeste. Prefere solo arenoso e não exige muita água. multiplica-se bem por separação de brotos laterais (filhação). Outras espécies deste gênero são igualmente cultivadas e utilizadas no Brasil para os mesmos fins, das quais as duas mais importantes são Aloe arborescens Mill. e Aloe ferox Mill.

Usos: esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloé, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é feito pelas mulheres para o trato dos cabelos. A análise fitoquímica de suas folhas revelou a presença de compostos de natureza antraquinônica, as aloínas e uma mucilagem constituída de um polissacarídeo de natureza complexa, o aloeferon, semelhante a arabinogalactana. O sumo mucilaginoso de suas folhas possui atividade fortemente cicatrizante nos casos: de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha, , depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel; no caso de hemorróidas inflamadas, são usados pedaços, cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente preparados com auxílio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável cortada.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Annona squamosa L.


Nome populares: anona, araticum, fruta-do-conde, pinha, ata, condessa, ateira, pinheira.

Características gerais: árvore de copa irregular e aberta, de 4-8 m de altura. Folhas simples, de 8-12 cm de comprimento. Flores solitárias, de cor esverdeada. Fruto do tipo baga composta, esverdeada e de superfície papilada, com polpa branca, mucilaginosa e doce. É originária das antilhas e disseminada no Brasil pelo cultivo, principalmente no nordeste. As espécies nativas do cerrado Annona coriacea Mart. e Annona crassiflora Mart. possuem propriedades e usos medicinais mais ou menos semelhantes, além de igualmente comestíveis.
Annona coriacea


Usos: seus frutos são usados na alimentação, inteiros ou na forma de sucos e sorvetes, embora a crença popular considere que este fruto favorece o desenvolvimento de infecções, especialmente na pele e na garganta. A literatura etnofarmacológica registra, além disto, várias propriedades madicinais de suas folhas como medicação sudorífica, carminativa, estomáquica, anti-reumática e anti-helmíntica por via oral e, externamente, em compressas e bochechos , no tratamento de estomatite, nevralgias e cefaléias, bem como, na forma de cataplasma em furúnculos e úlceras para induzir a sulpuração. Uma folha umedecida ou folhas machucadas, colocadas na testa e nas fontes, são usadas para provocar o sono e aliviar a enxaqueca. São aplicadas também, sobre ferimentos e úlceras, para evitar o ataque de insetos e suas larvas. As sementes trituradas são tóxicas e reputadas como eficiente meio para eliminação de piolhos e outros ectoparasitas, devendo-se evitar o seu contato com os olhos com o risco de causar cegueira. Suas raízes são consideradas purgativas, mas só raramente são utilizadas. O estudo fitoquímico das várias partes desta planta permitiu determinar a presença de um óleo essencial contendo beta-cariofileno, germacreno e delta-elemeno como principais componentes e, entre os constituintes fixos, o alcalóide anonaína, a anonosilina II de atividade pesticida, saponina e acetogeninas, que cujo estudo farmacológico demonstrou a existência de várias propriedades biológicas, incluindo ação citotóxica, antimalárica e antimicrobiana. Dos frutos forma isolados açucares, aminoácidos e derivados caurânicos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Anacardium occidentale L.


Nomes populares: acajaíba, acaju, acaju-açu, acajuba, acajuíba, cacaju, caju, acaju-pakoba, caju-banana, caju-da-praia, caju-de-casa, cajueiro, caju-manso, caju-manteiga.

Características gerais: árvore com copa baixa, de 5-10 m de altura. Folhas simples, de 8-14 cm de comprimento. Flores pequenas, perfumadas, vermelha a púrpura, dispostas em panículas terminais. Fruto reniforme do tipo aquênio, vulgarmente conhecido como castanha, cujo mesocarpo contém um óleo resina cáustica, conhecido como LCC (líquido da castanha do caju); no seu interior encontra-se uma amêndoa oleaginosa, comestível. O caju é o pedúnculo floral que se desenvolveu formando um pseudofruto carnoso. Seu tronco exsuda uma secreção gomosa, que fica sólida depois de seca, denominada resina-de-cajueiro. Ocorre no estado nativo nos campos e dunas da costa norte do Brasil, especialmente nos estado do Maranhão, Piauí e Ceará.

Usos: o cajueiro era usado pelos índios do nordeste do Brasil desde a época pré-colombiana. Na época da safra ocupavam as praias para beber o mocororó que é o suco da fruta fermentado, faziam e armazenavam a farinha de caju preparada com as amêndoas assadas ao fogo e moídas junto com a polpa da fruta depois de espremida e dessecada ao sol. Ainda hoje, o caju é usado como alimento in natura ou na preparação de doces caseiros, sucos e sorvetes, bem como da popular cajuína, que é o suco puro de caju destanificado e esterilizado. Apenas uma pequena parte de sua grande safra é aproveitada pela indústria de processamento do caju. A goma purificada é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma-arábica produzida na África. Nas práticas da medicina caseira são usadas preparações de uso oral, feitas com a entrecasca, a goma e o LCC, de acordo com a tradição e tidas como antidiabética, adstringente, antidiarréica, depurativa, tônica e antiasmática. Para uso externo é recomendado o uso do cozimento da entrecasca, em bochechos e gargarejos, como anti-séptico e antiinflamatório nos casos de feridas e úlceras da boca e afecçõesda garganta, embora sua eficácia e segurança terapêutica ainda não tenham sido comprovadas cientificamente. A água do cozimento das cascas é usada pelos jangadeiros nordestinos para tingir suas roupas de trabalho no mar. O LCC causa forte irritação na pele, deixando cicatrizes quase indeléveis que os jovens usam para fazer um tipo primitivo de tatuagens. Ensaios farmacológicos em laboratório demonstram que o LCC tem propriedade anti-séptica com atividade sobre os microrganismos responsáveis, respectivamente pela cárie dental (Streptococcus nutans) e pela acne (Propionibacterium acnes). Demonstratam também atividade vermicida e moluscida, além de relativa eficiência no tratamento da lepra, eczema, psoríase e filariose, mas se mostrou tóxico para os animais da experiência. Na casca desta planta forma detectados esteróides, flavonóides, tanino, catequina e outros fenóis; nas folhas jovens é mencionada a presença de vários flavonóides, galatos de metila e etila. O aroma do caju é dado pela presença de hexanal, car-3-eno e limoneno. No suco do caju foram detectados ainda vitamina C, tanino, açúcares, carotenóides e pequenas quantidades de ácidos orgânicos e proteínas. Dentre os vários subprodutos do cajueiro, destaca-se, do ponto de vista econômico, a amêndoa da castanha como complemento alimentar e aperitivo, o LCC pelo seu uso na indústria de polímeros usados para fabricação de móveis e lonas de freio de veículos automotivos. A casca da castanha contém além do LCC, flavonóides, ácidos gálico e siríngico e (+)-galocatequina, enquanto o tegumento, isto é, a película que envolve a amêndoa, encerra beta-sitosterol e a (-)-epicatequina, substância com forte propriedade antiinflamatória. A amêndoa contém 45% de óleo fixo de alta qualidade, proteínas, esteróides, triterpenóides e tocoferóis, sendo empregada em pequenas doses (5-6 amêndoas) diárias para fazer baixar o colesterol e os triglicerídeos do sangue.

Fonte:

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae)

Nomes populares: Juazeiro, joazeiro, enjoá, joá, juá-de-espinho, laranjeira-do-vaqueiro etc.

Usos: os frutos são muito apreciados pelos sertanejos em época de fome e pelos caprinos em qualquer época. Cascas e folhas são tradicionalmente usadas na medicina popular do nordeste, na forma de extrato feito com água, usado por via oral para alívio de problemas gástricos e, externamente, para limpeza dos cabelos e dos dentes e para clarear a pele do rosto, sendo referido inclusive como tônico capilar anticaspa e remédio útil nas doenças da pele. As folhas e as cascas , quando, agitadas com água, produzem abundante espuma devido a sua propriedade espumígena; a entrecasca pulverizada, é muito usada para limpeza dos dentes usando-se um pouco do pó que pode se prender à escova de dente molhada.
Os resultados de ensaios farmacológicos revelam uma atividade antifebril em coelhos usados como animais de experiência; comprovam também que o juazeiro apresenta efeito mais eficaz na diminuição da placa dental do que os dentifrícios convencionais, desestabilizando a placa dental e exercendo uma ação antimicrobiana sobre Streptococcus mutans, principal germe causador da cárie dentária.



Referência: LORENZI, H. e MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas. 2a Edição. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2008.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

JULHO - Mês da flora da Caatinga

          No mês de julho será mostrado algumas plantas que se encontram no Bioma Caatinga, tanto as endêmicas quanto as espécies que também se encontram em outros locais do Brasil ou do Mundo (plantas exóticas).

         Algumas plantas, como sabemos, tem funções terapêuticas e são conhecidas como fitoterápicas, onde são usadas na medicina popular.

        Tragam seus quetionamentos e vamos discutir sobre nosso bioma.


Sejam bem-vindos,

CaioB.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Jararaca - Bothrops jararaca

Jararaca - Bothrops jararaca

Nome popular: Jararaca

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Viperidae

Subfamília: Crotalinae

Nome científico: Bothrops jararaca

Nome inglês: Common lancehead

Distribuição: América do Sul

Habitat: Florestas e cerrado

Hábito: Noturno

Particularidades: É a mais conhecida do gênero Bothrops. É muito perigosa, mas geralmente foge assim que avistada. Mede, em média, cerca de 1,20m. A Jararaca possui desenhos que lhe proporcionam uma exelente camuflagem, sendo difícil a visualização do animal, mesmo para olhos experientes. Sempre que for pegar algo no chão, ou caminhar na mata, use um calçado, de preferência uma bota, e olhe bem por onde pisa.

Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.
Alimentação: Quando filhote, a Jararaca, como a maioria dos membros do gênero Bothrops, possue a extremidade da cauda ligeiramente clara ou amarelada. Isto porque, ela utiliza a cauda para engodar (atrair) pequenas rãs e sapos, bem como pequenos lagartos, do qual se alimenta. Quando adulta alimenta-se principalmente de pequenos roedores.


Mais informações: AQUI

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Philodryas nattereri (STEINDACHNER, 1870)



Nome Vulgar: Corre-campo
Nome Científico: Philodryas nattererri (STEINDACHNER, 1870)
Família: Colubridae
Morfologia Externa: Cor predominante em marrom, com flancos esbranquiçado. Escamas aleatórias manchadas em preto.
Incidência: Caatinga, cerrado e litoral.
Dentição: Opistóglifa
Nutrição: Lagartos preferencialmente.
Dimensão: até 1,8 m


Material disponível: AQUI e AQUI

Oxybelis aeneus (WAGLER, 1824)



Nome Vulgar: Cipó-bicuda
Nome Científico: Oxybelis aeneus (WAGLER, 1824)
Família: Colubridae
Morfologia Externa: Dorso amarronzado, com os flanco até o ventre bancos-amarelados, a região gular é amarelada até às labiais. Corpo é delgado, apresentando o crânio afilado frontalmente.
Incidência: Todo o Brasil
Dentição: Opistóglifa
Nutrição: Lagartos, pequenas aves e rãs
Dimensão: até 1,6 m

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)


Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

Nome científico: Anodorhynchus leari

Nome vulgar: Arara-azul-de-lear

Categoria: Ameaçada

Características: Porte franzino, malgrado, bico possante e sem dente. Cabeça e pescoço azul-esverdeados, barriga azul desbotado, apenas as costas e lado superior das asas e cauda azul-escura (cobalto). Anel perioftálmico amarelo relativamente claro, pálpebra azul clara, branca ou levemente azulada, íris castanha. Na barbela forma uma nódoa amarela- enxofre clara, mais pálida que o anel perioftálmico, quase triangular, situada de cada lado da base da mandíbula. A barbela é saliente na ave viva, dando muito na vista e nunca desaparece abaixo da plumagem; quando observamos a ave de frente, a barbela apresenta-se como dois bojos superpostos, separados por uma prega a qual desaparece quando o bico é aberto. Na ave morta, a barbela é plana e poço impressionante. A barbela é delimitada inferiormente por uma porção de penas dirigidas para diante, as quais ocultam por completo uma faixa amarela bem estreita que orla a base da mandíbula. A borda superior da maxila, meio escondida pelas penas frontais, pode ser também amarela como na supracitada espécie. Interior da boca negro, lados da base da língua extensamente amarelos, aparecendo como uma continuação das barbelas quando a ave abre o bico. Utiliza-se, como moradia, de locas de pedras situadas nas mais íngremes paredes de canyons.

Alimentação Predileta: Cocos de licuri (Syagrus coronata).


Licuri

Parte de sua área esta dentro da "Estação Ecológica do Raso da Catarina", criada em 1975 pela SEMA. A preservação da espécie é assim garantida, teoricamente. Anodorhynchus leari é um substituto geográfico de Anodorhynchus glaucus; ambos, sendo largamente separados por Anodorhynchus hyacinthinus, formam uma superespécie. Retriz central 40 cm.

Peso: 940 gramas.

Comprimento: 71 a 72 cm.

Ocorrência Geográfica: Região semi-árida do nordeste da Bahia. Pedras situadas nas mais íngremes paredes dos canyons. Esta ave é endêmica da caatinga baiana, e encontra-se protegida na Estação Biológica Canudo.

Categoria/Critério: Ameaçada.

Cientista que descreveu: Bonaparte, 1857.

Observações adicionais: Tamanho populacional reduzido ou em declínio com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50 por cento em 10 anos ou 3 gerações. É uma das espécies de aves menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção: estima-se que atualmente existem apenas cerca de 180 indivíduos na natureza além de 20 em cativeiro. Muito rara, durante muitos anos não era encontrada na natureza. Em 1978 foi localizada no Raso da Catarina, nordeste da Bahia. É a única arara da região. Vive geralmente em pedras íngremes de canyons.

 
Material disponível: AQUI

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)

Identificação-Corpo cilíndrico, alongado, e membros e cauda longos e robustos. O comprimento rostro-anal varia de cerca de 40 mm até 180 mm. Machos adultos são maiores que as fêmeas e possuem a cabeça proporcionalmente maior. Os jovens possuem o dorso marrom, sendo que a cabeça e os ombros são esverdeados. Os lados do corpo possuem uma faixa escura, do olho até a pata posterior, marginada por duas listras brancas: uma superior, que vai do olho até o meio do corpo, e uma inferior, que vai do olho até a pata posterior. Nos adultos o dorso é esverdeado, a cabeça e os ombros são marrons, com pequenos pontos negros. Nas fêmeas adultas a faixa lateral escura e a listra branca superior tendem a desaparecer na parte posterior do corpo, e o dorso da cauda é marrom. Nos machos adultos, tanto a faixa lateral escura quanto as listras brancas desaparecem, e os lados do corpo passam a apresentar fileiras transversais de pequenos círculos brancos com bordas negras. A parte dorsal e lateral das patas posteriores, assim como a parte posterior da cauda apresentam coloração azulada. Pode ser confundida com Cnemidophorus ocellifer, da qual se distingue por possuir 10-12 escamas ventrais em uma fileira transversal no meio do corpo (ao invés de 8), ou com Kentropyx paulensis, da qual se distingue por possuir as escamas ventrais lisas (ao invés de quilhadas).

Distribuição geográfica-Do Panamá até o sul do Brasil e norte da Argentina, a leste da Cordilheira dos Andes.

Habitat-É muito comum em bordas de matas, clareiras no interior de matas, e em áreas alteradas pela ação do homem, como roçados, quintais e jardins.

Microhabitat-Vive junto ao chão, nunca subindo em árvores. Prefere locais moderadamente ensolarados, onde se desloca constantemente entre manchas de sol e de sombra, o que é importante na regulação de sua temperatura corporal. Cava buracos sob rochas, troncos caídos, em montes de areia ou argila, ou mesmo no chão, onde procura abrigo e deposita seus ovos.

Dieta-Come uma grande variedade de invertebrados e pode também comer pequenos vertebrados. Os ítens mais importantes são larvas de insetos, baratas, moluscos, besouros e grilos e gafanhotos.

Reprodução-Ocorre praticamente durante todo o ano, sendo que durante a estação seca há uma redução na atividade reprodutiva de machos e fêmeas. Cada fêmea pode depositar mais de uma ninhada durante o ano. As ninhadas variam de 1 a 11 ovos, sendo que a média é de 6.4 ± 0.2 (n= 83) ovos por ninhada. Os ovos são elípticos, medindo cerca de 20 x 12 mm. O período de incubação dos ovos é de cerca de 5 meses. Os filhotes nascem com cerca de 40 mm de comprimento rostro-anal e atingem a maturidade sexual perto dos 100 mm, no seu primeiro ano de vida.

Comportamento-É uma espécie diurna e heliófila, ativa nas horas mais quentes do dia, geralmente das 10:00 às 14:00. A temperatura corporal média é de 37.9 ± 0.09 (n=644). Passa a maior parte do tempo em movimento, se deslocando entre manchas de sol e sombra para regular sua temperatura corporal, ao mesmo tempo que procura por alimento. Pode revirar o folhiço ou cavar o solo à procura de presas. Quando notado, pode tentar se confundir com o ambiente, ficando imóvel por algum tempo, ou correr rapidamente para um buraco ou para longe do observador, fazendo muito barulho.


Material diponível: AQUI

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Tejo - Tupinambis merianae (Duméril e Bibron, 1839)


Identificação-Corpo cilíndrico e robusto; membros e cauda longos e robustos. O comprimento rostro-anal pode chegar a 450 mm em machos adultos, que são maiores que as fêmeas. O dorso apresenta barras negras transversais que se alternam com faixas transversais mais claras, com pontos negros e cinza. Os flancos são mais claros, com barras negras menos distintas e pequenos círculos brancos espalhados. O ventre é claro, com barras negras transversais e irregulares. Pode ser confundida com Tupinambis rufescens, da qual se distingue pela coloração negra do dorso (avermelhada em T. rufescens) e por possuir mais de 25 poros femorais (menos de 20 em T. rufescens).

Distribuição geográfica-Esta espécie ocorre na Argentina, Brasil e Uruguai. No Brasil ocorre em todas as regiões, exceto na Floresta Amazônica.

Habitat-Ocorre principalmente em áreas abertas de cerrado, mas pode ser observado em bordas de matas-de-galeria e dentro de matas mais abertas.


Microhabitat-É uma espécie que vive chão, podendo ser observada em áreas ensolaradas, com capim baixo ou com pedras. Costuma frequentar áreas antrópicas, onde às vezes invade galinheiros para comer ovos e pintinhos.

Dieta-A dieta é muito variada, incluindo vertebrados, partes vegetais, moluscos e artrópodos. Pode ainda comer carniça.

Reprodução-Pouco se sabe sobre a reprodução desta espécie. A reprodução aparentemente ocorre ao final da estação seca, sendo que o tamanho da ninhada varia de 13 a 29 ovos.

Comportamento-É uma espécie diurna, heliófila e ativa durante todo o dia. Passa a maior parte do tempo em movimento à procura de presas que localiza com o auxílio da língua comprida e bífida. A temperatura corporal média é de 35 ºC. Quando se sente ameaçada, pode ficar imóvel e tentar se camuflar em meio ao ambiente ou fugir rapidamente, fazendo muito barulho.


Material disponível: AQUI

quarta-feira, 9 de junho de 2010

JUNHO - Mês da FAUNA da Caatinga

INTRODUÇÃO À FAUNA DA CAATINGA
(toda terça e quinta- feira será apresentado uma espécie de animal do bioma caatinga para termos um maior conhecimento sobre essas espécies)

 
São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios - dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico. São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

Levantamentos de fauna na Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, 7 espécies de anfibenídeos (lagartos sem patas), 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios, 1 de crocodiliano, 44 anfíbios.

Também constituída por diversos tipos de aves, algumas endêmicas do Nordeste, como o patinho, chupa-dente, o fígado, além de outras espécies de animais, como o tatu-peba, o gato-do-mato, o macaco prego e o bicho preguiça.

Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em rsico de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grande prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.

Texto completo encontra-se:  AQUI

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Algumas RRPN´s do Nordeste...

REGIÃO ESTADO MUNICÍPIO NOME DA RPPN ÁREA (Ha) Esfera ANO DE CRIAÇÃO PROPRIETÁRIO BIOMA

Nordeste Alagoas Barra de São Miguel RPPN Fazenda Rosa do Sol 15,5 Federal 1994 Alfredo Durval Villela Cortez Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Pilar RPPN São Pedro 50 Federal 1995 Francisco José Quintella Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Coruripe RPPN Fazenda Lula Lobo I 68,65 Federal 2001 S/A Coruripe Açucar e Álcool Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Coruripe RPPN Fazenda Pereira 219,91 Federal 2001 S/A Coruripe Açucar e Álcool Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Teotônio Vilela RPPN Gulandim 41 Federal 2001 Usinas Reunidas Seresta S/A Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Atalaia RPPN Fazenda Santa Tereza 100,52 Federal 2001 João José Pereira de Lyra Mata Atlântica

Nordeste Alagoas RPPN Sítio Tobogã 1,00 Estadual 2007 Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Murici RPPN Boa Sorte 40,85 Estadual 2007 Mata Atlântica

Nordeste Alagoas Murici RPPN Reserva Vila D'Água 40,11 Estadual 2007 Mata Atlântica

Nordeste Alagoas São Jose da Lage RPPN Reserva Ecológica Osvaldo Timóteo 22,34 Estadual 2007 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Caravelas RPPN Fazenda Avaí 469,1 Federal 1990 Russel Wid Coffin Mata Atlântica

Nordeste Bahia Queimadas RPPN Fazenda Morrinhos 726 Federal 1990 José Juracy Pereira e outros Caatinga

Nordeste Bahia Simões Filho RPPN Fazenda Coqueiros 86,96 Federal 1990 Alberto Germano G. Vater Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ibotirama RPPN Fazenda Pé de Serra 1.259,20 Federal 1992 Renato do Vale Dourado Caatinga

Nordeste Bahia Ubaíra RPPN Fazenda Kaybi 5 Federal 1994 Washington L. Soares Ribeiro Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ribeira do Pombal RPPN Fazenda Flor de Liz 5,00 Federal 1996 Alan J. Almeida e Silva Caatinga

Nordeste Bahia Entre Rios RPPN Fazenda Lontra / Saudade 1.377,33 Federal 1996 Copener Florestal LTDA Mata Atlântica

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazenda Boa Vista 1.500,00 Federal 1997 Plínio Laranjeira Moura Caatinga

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazenda Forte 1.800,00 Federal 1997 Eliza Maria Laranjeira de Moura Caatinga

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazenda Boa Vista 2.000,00 Federal 1997 Nelmo Silva Oliveira Caatinga

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Fazenda São João 25 Federal 1997 Regina Helena R. dos S. Pessoa Mata Atlântica

Nordeste Bahia Jussari RPPN Reserva Natural da Serra do Teimoso 200 Federal 1997 Agro-Pecuária Teimoso Ltda Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Reserva Salto Apepique 118 Federal 1997 Gustavo Henrique M. Nora e outros Mata Atlântica

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazenda Boa Vista 1.700,00 Federal 1998 Paulo Laranjeira Moura e outros Caatinga

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazena Forte 1.500,00 Federal 1998 Juvêncio Ruy de Laranjeira Moura Caatinga

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Arte Verde 10 Federal 1998 Sérgio Ramos dos Santos Mata Atlântica

Nordeste Bahia Itacaré RPPN Araçari 110 Federal 1998 Alfio Lagnado Mata Atlântica

Nordeste Bahia Malhada RPPN Fazenda Retiro 3.000 Federal 1998 Juvêncio Ruy de Laranjeira Moura e outros Caatinga

Nordeste Bahia Palmas de Monte Alto RPPN Lagoa das Campinas 1.000,00 Federal 1998 Gilberto Augusto de Larangeira Moura Caatinga

Nordeste Bahia Porto Seguro / Santa Cruz Cabrália RPPN Estação Veracel 6.069,00 Federal 1998 Veracruz Florestal LTDA Mata Atlântica

Nordeste Bahia Itabela RPPN Fazenda Pindorama 47 Federal 1998 Giovani Conrado da Silva Mata Atlântica

Nordeste Bahia Valença RPPN Fazenda Água Branca 97 Federal 1999 Flávio Diniz Fontes e outros Mata Atlântica

Nordeste Bahia Una RPPN Ecoparque de Una 83,28 Federal 1999 Instituto de Estudos Sócio-Amb. Do sul da Bahia Mata Atlântica

Nordeste Bahia Uruçuca RPPN Fazenda Bom Sossego 4,7 Federal 1999 Eckart Robert Dross Alvarez Mata Atlântica

Nordeste Bahia Palmeiras RPPN Córrego dos Bois 50 Federal 2000 Linalva Maria Silva Mata Atlântica

Nordeste Bahia São Sebastião do Passé RPPN Reserva Panema 216 Federal 2000 Coribe Agropecuaria LTDA Mata Atlântica

Nordeste Bahia Queimadas RPPN Fazenda Piabas 110 Federal 2000 José Juracy de Oliveira Pereira Caatinga

Nordeste Bahia Ibicaraí RPPN Estância Manacá 95 Federal 2000 Enoc dos Reis Barbosa Mata Atlântica

Nordeste Bahia Uruçuca RPPN Fazenda Paraíso 26 Federal 2000 Afrânio Silva Almeida Mata Atlântica

Nordeste Bahia Caravelas RPPN Lagoa do Peixe 31 Federal 2000 Maria Claudia Barbosa Ranzani Mata Atlântica

Nordeste Bahia Piraí do Norte RPPN Reserva Fugidos 450,02 Federal 2000 Agrosilvicultura Ltda Mata Atlântica

Nordeste Bahia Cachoeira RPPN São Joaquim da Cabonha APA I, APA II 257 Federal 2000 José alberto Martins Catharino e outros Mata Atlântica

Nordeste Bahia Igaratí RPPN Fazenda Boa Aventura 4.750 Federal 2000 Raimundo Nonato Leite Caatinga

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN da Mata Atlântica da Manona 7 Federal 2001 Anne Claire Eldrigdge Mata Atlântica

Nordeste Bahia Mata de São João RPPN Dunas de Santo Antônio 370,72 Federal 2001 Paulo Roberto A. de Souza e Lindaura S. Carvalho Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Portal Curupira 50 Federal 2001 Carlos Alberto Sena Aquino Mata Atlântica

Nordeste Bahia Cocos RPPN São Francisco da Trijunção 162 Federal 2001 Theodoro de Hungria Machado Cerrado

Nordeste Bahia Itacaré RPPN Reserva Pedra do Sabiá 22 Federal 2001 Isa Maria de W. de Rincquesen Mata Atlântica

Nordeste Bahia Santana RPPN Reserva Caroá 220 Federal 2001 Albenzio Filardi Caatinga

Nordeste Bahia Cocos RPPN Guara 1.050,00 Federal 2001 José Roberto Marinho Cerrado

Nordeste Bahia Cocos RPPN Guara I e II 633,00 Federal 2001 José Roberto Marinho Cerrado

Nordeste Bahia Pojuca RPPN Agda 13,39 Federal 2001 Agda Golbert Mata Atlântica

Nordeste Bahia Esplanada RPPN Cajueiro 379 Federal 2002 Fancisco e Solange Maria Nogueira Mata Atlântica

Nordeste Bahia Cocos RPPN Lagoa do Formoso 502 Federal 2002 Francisca Clara R. Marinho Cerrado

Nordeste Bahia Prado RPPN Carroula 15 Federal 2002 Renata Melão Alves de Lima Mata Atlântica

Nordeste Bahia Mucugê RPPN Adilia Paraguaçu Batista 70 Federal 2002 Marcia Regina Batista Azevedo e outros Cerrado

Nordeste Bahia Maraú RPPN Juerana 27 Federal 2002 Hartmut Herbert Hess Mata Atlântica

Nordeste Bahia Maraú RPPN Sapucaia 18,5 Federal 2002 Hartmut Herbert Hess Mata Atlântica

Nordeste Bahia Cachoeira RPPN Reserva da Peninha 350 Federal 2002 Carlos Eduardo Ribeiro Diniz Mata Atlântica

Nordeste Bahia Una RPPN Ararauna 39 Federal 2003 Julia Nuscheler e outros Mata Atlântica

Nordeste Bahia Camaçari RPPN das Dunas 78 Federal 2004 Eulâmpia Santana Reiber Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Mãe da Mata 13 Federal 2004 Ronaldo de Jesus Santana Mata Atlântica

Nordeste Bahia Itacaré RPPN Reserva Ecológica Rio Capitão 385,49 Federal 2004 Jean Claude Lafuje Mata Atlântica

Nordeste Bahia Itacaré RPPN Capitão 660,0782 Federal 2005 Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia- IESB Mata Atlântica

Nordeste Bahia Belmonte RPPN Reserva Maria Vicentini Lopes 391,77 Federal 2008 Ronaldo do Espírito Santo Lopes e outros Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio do Brasil I 88,77 Federal 2008 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio do Brasil II 400,78 Federal 2008 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio do Brasil III 356,95 Federal 2008 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio do Brasil IV 74,69 Federal 2008 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio do Brasil V 54,40 Federal 2008 Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Jacuba Velha 83,58 Federal 2008 Renato Alves do Valle Mata Atlântica

Nordeste Bahia Prado RPPN Triângulo 56,78 Federal 2008 Bronzon Agropecuária Ltda. Mata Atlântica

Nordeste Bahia Prado RPPN Primavera I 499,80 Federal 2008 Fibra Indústria de Madeira Ltda. Mata Atlântica

Nordeste Bahia Prado RPPN Primavera 497,53 Federal 2008 Fibra Indústria de Madeira Ltda. Mata Atlântica

Nordeste Bahia Prado RPPN Riacho das Pedras 396,69 Federal 2008 Fibra Indústria de Madeira Ltda. Mata Atlântica

Nordeste Bahia Una RPPN Nova Angélica 135,17 Estadual 2006 Instituto de Estudos Sócio-Amb. Do sul da Bahia Mata Atlântica

Nordeste Bahia Porto Seguro RPPN Rio Jardim 6,93 Federal 2007 Marcos S. O. Paula Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Helico 65,00 Federal 2007 Helfrid Herbert Hess Mata Atlântica

Nordeste Bahia Ilhéus RPPN Boa União 112,82 Federal 2007 Milton Augustines de Castro e Maria Lúcia Caldas S. de Castro Mata Atlântica

Nordeste Ceará Crateús RPPN Serra das Almas 4.749,58 Federal 2000 Associação Caatinga Caatinga

Nordeste Ceará Crateús RPPN Serra das Almas I 896,42 Federal 2004 Associação Caatinga Caatinga

Nordeste Ceará Crateús RPPN Serra das Almas II 494,5 Federal 2002 Associação Caatinga Caatinga

Nordeste Ceará Parambu Fazenda Olho d'água do Urucú 2.610,00 Federal 1991 Joaquim A. Feitosa Sobrinho Caatinga

Nordeste Ceará Amontada RPPN Mercês Sabiaquaba e Nazário 50 Federal 1993 Antônio J. de Jesus Trindade e outros Ecossistemas Costeiros

Nordeste Ceará Itapipoca RPPN Sítio Ameixas 464,33 Federal 1994 Antônio J. de Jesus Trindade e outros Ecossistemas Costeiros

Nordeste Ceará Barbalha RPPN Não me Deixes 300 Federal 1996 Rachel de Queiroz Caatinga

Nordeste Ceará Barbalha RPPN Arajara Park 27,81 Federal 1999 AC Lazer Hotelaria e Turismo Ltda Ecossistemas Costeiros

Nordeste Ceará General Sampaio Ambientalista Francy Nunes 200,00 Federal 2000 Francisco Pereira Nunes Caatinga

Nordeste Ceará Pacatuba RPPN Monte Alegre 263,17 Federal 2001 Miquel Cunha Filho e outros Mata Atlântica

Nordeste Ceará Baturité RPPN Sítio Olho d'Água 383,34 2000 Centro de Ed. Técnica e Cultural Caatinga

Nordeste Ceará Guaiuba Chanceler Edson Queiroz 129,61 2006 Roberto Arley Garcez Viana

Nordeste Piauí Castelo do Piauí RPPN Marvão 5.096,86 Federal 2000 José Pires Gayoso de Almeida Freitas e outros Caatinga

Nordeste Piauí Altos RPPN Fazenda Boqueirão dos Frades 579,78 Federal 1998 Gerson Cordeiro Machado Caatinga

Nordeste Piauí Canavieira RPPN Fazenda Boqueirão 27.458 Federal 1997 Filadelfo Freire de Castro e outros Caatinga

Nordeste Piauí Teresina RPPN Santa Maria de Tapuã 238 Federal 1999 Dário Fortes do Rego Caatinga

Nordeste Piauí Piracuruca Recanto da Serra Negra 179,15 Federal 2004 Roberto Tobler Saraiva Caatinga

Nordeste Piauí Buriti dos Lopes RPPN Fazenda Centro 139,68 Federal 1999 Sebastião Raimundo de Souza Ecossistemas Costeiros

Nordeste Rio Grande do Norte Jucurutu RPPN Fazenda Salobro 755,95 Federal 1994 Lídia Brasileiro de Brito Caatinga

Nordeste Rio Grande do Norte Acarí RPPN Reserva Sernativo 154,29 Federal 1996 Cecília G. De Medeiros Caatinga

Nordeste Rio Grande do Norte Baía Formosa RPPN Mata Estrela 2039,93 Federal 2000 Destilaria Baía Formosa S/A Mata Atlântica

Nordeste Rio Grande do Norte São Bento do Norte RPPN Fazenda Santa Helena 21,63 Federal Camarave Empreendimentos LTDA Caatinga

Nordeste Sergipe Areia Branca RPPN Fonte da Bica 13,27 Federal 1999 João Dias Barreto Mata Atlântica

terça-feira, 11 de maio de 2010

RPPN

O que é uma RPPN?
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural, também conhecidas como RPPN, são áreas de conservação ambiental em terras privadas, reconhecidas pelo SNUC como uma categoria de Unidade de Conservação. A RPPN é criada a partir da vontade do proprietário, que assume o compromisso de conservar a natureza, garantindo que a área seja protegida para sempre, por ser de caráter perpétuo.
O Brasil abriga hoje 746 RPPN federais e estaduais, abrangendo um total aproximado de 583.000 hectares protegidos, distribuídos em todos os biomas brasileiros.

Importância das RPPN
As RPPN são importantes ferramentas na formação de corredores ecológicos;
Muitas RPPN protegem espécies endêmicas;
As RPPN contribuem para uma rápida ampliação das áreas protegidas no país, são aliadas para a proteção do entorno de unidades criadas pelo governo;
Apresentam índices altamente positivos na relação custo/benefício;
São facilmente criadas;
Possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação;
Contribuem para a proteção da biodiversidade dos biomas brasileiros.


Benefícios com a criação da RPPN
Direito de propriedade preservado;
Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN;
Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA;
Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;
Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade.


COMO CRIAR RPPN?
O primeiro passo é procurar a Gerência Executiva do IBAMA de sua região.
Os documentos necessários para entrar com o pedido de reconhecimento estão estabelecidos na Instrução Normativa Nº24/2004 do IBAMA e são os seguintes:

*
I Requerimento solicitando a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural, na totalidade ou em parte do seu imóvel, conforme modelo.
Clique aqui para baixar o requerimento
*
§ 1º O requerimento de pessoa física deverá conter a assinatura do proprietário e do cônjuge, se houver;
*
§ 2º O requerimento de pessoa jurídica deverá ser assinado pelo representante legal da empresa, conforme ato constitutivo da sociedade civil ou do contrato social e suas alterações;
*
§ 3º Quando se tratar de condomínio, todos os condôminos deverão assinar o requerimento ou indicar um representante legal, mediante a apresentação de procuração.
*
II Cópia autenticada da Cédula de Identidade do proprietário e do cônjuge, procurador ou representante legal, quando pessoa jurídica;
*
III Prova de quitação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os casos de inexigibilidade e dispensa previstos no art. 20 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, ou certidão negativa de ônus expedida pelo órgão competente;
*
IV Certificado de cadastramento do imóvel no Cadastro Nacional de Imóvel Rural - CNIR;
*
V duas vias do Termo de Compromisso, Anexo II, assinadas pelo proprietário e cônjuge, ou procurador, ou representante legal, quando pessoa jurídica;
*
VI Certidão autenticada da matrícula e registro que comprovem o domínio privado do imóvel a ser criada a RPPN, acompanhada da cadeia dominial cinqüentenária ininterrupta;
*
§ 1º A descrição dos limites do imóvel, contida na matrícula deverá indicar as coordenadas do ponto de amarração e dos vértices definidores dos limites do imóvel rural georreferenciadas, conforme especificações do Sistema Geodésico Brasileiro.
*
§ 2º Caso a matrícula do imóvel não apresente a descrição dos limites com coordenadas geográficas, o requerente deverá realizar uma retificação do registro incluindo tais informações.
*
VII Planta da área total do imóvel com a indicação da área proposta para a criação da RPPN, assinada por profissional habilitado, com a devida anotação de responsabilidade técnica - ART, contendo as coordenadas do ponto de amarração e dos vértices definidores dos limites do imóvel rural e da área a ser reconhecida como RPPN, georreferenciadas de acordo com as especificações do Sistema Geodésico Brasileiro.
*
VIII Memorial descritivo da área a ser criada como RPPN, assinado por profissional habilitado, com a devida anotação de responsabilidade técnica - ART, contendo as coordenadas do ponto de amarração e dos vértices definidores dos limites da RPPN, georreferenciadas de acordo com as especificações do Sistema Geodésico Brasileiro.
As RPPN também podem ser criadas na esfera estadual em alguns estados. Para isso, procure o órgão ambiental estadual em sua região.
As Associações Estaduais e Regionais são plenamente capacitadas para dar ao proprietário todo o suporte técnico para o reconhecimento das RPPN, de forma simples e com o mínimo custo. Entre em contato com a Associação de sua região!

MAIORES INFORMAÇÕES ACESSE: http://www.rppnbrasil.org.br/index.html

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MAIO - Conhecendo as RPPN, APA, ESEC, REC e PARNA da Caatinga

Primeiramente, temos que saber o que é uma RPPN, o que é uma APA, o que é uma ESEC etc.

Durante o mês de maio estaremos conhecendo todas essas siglas, onde elas estão localizadas, alguns trabalhos que são realizados e suas importâncias para o bioma Caatinga.


* RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, ou seja, sem desapropriação de terra. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume compromisso com a conservação da natureza.
Além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos, as RPPNs assumem, cada vez mais, objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros serviços ambientais.
Atividades recreativas, turísticas, de educação e pesquisa são permitidas na reserva, desde que sejam autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento. ()

* APA: A Área de Proteção Ambiental é uma categoria de unidade de conservação relativamente nova. Sua implementação se iniciou na década de 80, com base na Lei Federal nº 6.902, de 27 de abril de 1981, que estabelece no art. 8: "Havendo relevante interesse público, os poderes executivos Federal, Estadual ou Municipal poderão declarar determinadas áreas dos seus territórios de interesse para a proteção ambiental, a fim de assegurar o bem-estar das populações humanas, a proteção, a recuperação e a conservação dos recursos naturais".
As APAs são também consideradas como espaços de planejamento e gestão ambiental de extensas áreas que possuem ecossistemas de importância regional, englobando um ou mais atributos ambientais. Necessitam de um ordenamento territorial orientado para o uso sustentável dos recursos naturais, elaborado por meio de processos participativos da sociedade, que resultem na melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. ()


* ESEC: Uma Estação Ecológica é uma unidade de conservação e tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional e a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável.
A área da estação é representativa de ecossistemas brasileiros, apresenta no mínimo 90% da área destinada à preservação integral da biota. É de posse e domínio públicos.

* REC: "Reserva Ecológica" (destacam-se no nordeste a REc Mata do Pau Ferro e REc Mata de Goamunduba)

* PARNA: Um parque nacional é uma área de conservação, geralmente de propriedade estatal, que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. (destacam-se O PARNA de Sete Cidades, o PARNA de Jericoacoara e o PARNA de Ubajara)

* RDS: "Reserva de Desenvolvimento Sustentável" (destaca-se no nordeste a RDS Ponta do Tubarão)



Postagens às terças e quintas-feiras

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Caatinga.

Para falar da Caatinga antes de mais nada há que se despir de
alguns preconceitos, principalmente daqueles relacionados aos
aspectos da pobreza paisagística e da biodiversidade, características
adotadas por quem desconhece a riqueza e importância da “Mata
Branca”.

Embora a diversidade de plantas e animais em ambientes
áridos e semi-áridos seja menor que nas luxuriantes florestas
tropicais, os desertos apresentam plantas e animais adaptados a
suas condições extremas, o que os torna ambientes com alta taxa de
endemismos de fauna e flora.

A vegetação da Caatinga não apresenta a exuberância verde
das florestas tropicais úmidas e o aspecto seco das fisionomias
dominadas por cactos e arbustos sugere uma baixa diversificação
da fauna e flora. Para desvendar sua riqueza, é necessário um olhar
mais atento, mais aberto. Assim ela revela sua grande
biodiversidade, sua relevância biológica e sua beleza peculiar.

Merece destaque a multiplicidade de comunidades vegetais,
formadas por uma gama de combinações entre tipos edáficos e
variações microclimáticas. São inúmeras e de grande interesse a
variedade de estratégias para sobreviverem aos períodos de
carência de chuvas que as espécies apresentam. Muitas plantas
perdem suas folhas para reduzir a perda de água nos períodos de
estresse hídrico, renovando-as quando as chuvas chegam de uma
forma tão rápida e espetacular que a paisagem muda quase que da
noite para o dia; diversas ervas apresentam ciclos de vida anuais,
crescendo e florescendo no período das águas; os cactos e
bromélias acumulam água em seus tecidos e há uma predominância
de arbustos e arvoretas na paisagem. Além disso, existe na
Caatinga uma proporção expressiva de plantas endêmicas. Diversas
destas plantas são comumente utilizadas pela população por suas
propriedades terapêuticas.

Dentre a fauna, os répteis e anfíbios merecem destaque. São
conhecidas para a região semi-árida 97 espécies de répteis e 45 de
anfíbios. No que se refere às aves, existem espécies endêmicas e a
riqueza de uma mesma localidade pode ultrapassar 200 espécies.
Poucos são os mamíferos endêmicos da Caatinga, mas nesta região
muito ainda está para se descobrir, aguardando a realização de mais
estudos...

Contrastando com a relevância biológica da Caatinga, o
bioma pode ser considerado um dos mais ameaçados do Brasil.
Grande parte de sua superfície já foi bastante modificada pela
utilização e ocupação humana e ainda muitos estados são carentes
de medidas mais efetivas de conservação da diversidade, como a
criação de unidades de conservação de proteção integral. Hoje em
dia já é muito difícil encontrar remanescentes da vegetação nativa
maiores que 10 mil hectares e os mais expressivos estão nos
estados da Bahia e Piauí.


Leal, I.R.;Tabarelli, M.; Silva, J.M.C.; prefácio de Barros, M.L.B. Ecologia e conservação da caatinga – Recife : Ed. Universitária da UFPE, 2003.
822 p.

CONFIRA: http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_arquivos/livro_ecologia_e_conservao_da_caatinga_1_203.pdf