quinta-feira, 15 de julho de 2010
Allamanda cathartica L
Nome populares: alamanda, alamanda-amarela, alamanda-de-flor-grande, buiussu, Carolina, cipó-de-leite, comandra, comandau, buiuçu, dedal-de-dama, orélia, purga-de-quatro-pataca, quatro-patacas, santa-maria, quatro-pataca-amarela, sete-pataca.
Características gerais: subarbusto lactescente, perene, trepador ou de ramos escandentes, de 2 a 3 m de altura ou de comprimento, nativa do litoral norte, nordeste e leste do Brasil. Folhas simples, subcoriáceas, glabras em ambas as faces, dispostas em verticilos de 3 folhas por nó. Flores grandes, reunidas em pequenos fascículos terminais. Multiplica-se por sementes e estacas.
Usos: planta muito cultivada em todo o país como ornamental em jardins domésticos e públicos. A literatura etnofarmacológica cita o seu emprego inteiro, ou o seu látex na medicina caseira em algumas regiões do país. O látex é esfregado na pele para a eliminação de sarna e piolhos; a infusão das folhas é considerada purgativa e anti-helmíntica em doses mínimas e, violentamente emética se ingerida em doses maiores. Os indígenas das guianas utilizam o decocto de sua casca deixando algum tempo ao sol, como febrífugo em aplicaçãio externa, esfregando-o ao corpo. Sua propriedade catártica foi confirmada em estudo farmacológicos, utilizando o chá das folhas tendo se mostrado purgativo, sem provocar, porém, reação vomitiva até a dose de 10/1000; o látex mostrou-se também purgativo, porém em doses maiores, é, porém tóxico se ingerido. Na sua composição química destaca-se a presença de lactonas iridóides plumericina, isoplumericina e a allamandina substância dotada de interessante propriedade antineoplásica. São registradas, também, uma cumarina e seu éter metílico.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Aloe vera (L.) Burm. F.
Nomes populares: aloé, babosa, babosa-grande, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo.
Características gerais: planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura, de origem provavelmente africana. Tem folhas grossas, carnosas e suculentas, dispostas em rosetas e presas a um caule muito curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito amargo. Além de cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce de forma subespontânea em toda a região nordeste. Prefere solo arenoso e não exige muita água. multiplica-se bem por separação de brotos laterais (filhação). Outras espécies deste gênero são igualmente cultivadas e utilizadas no Brasil para os mesmos fins, das quais as duas mais importantes são Aloe arborescens Mill. e Aloe ferox Mill.
Usos: esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloé, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é feito pelas mulheres para o trato dos cabelos. A análise fitoquímica de suas folhas revelou a presença de compostos de natureza antraquinônica, as aloínas e uma mucilagem constituída de um polissacarídeo de natureza complexa, o aloeferon, semelhante a arabinogalactana. O sumo mucilaginoso de suas folhas possui atividade fortemente cicatrizante nos casos: de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha, , depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel; no caso de hemorróidas inflamadas, são usados pedaços, cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente preparados com auxílio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável cortada.
Características gerais: planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura, de origem provavelmente africana. Tem folhas grossas, carnosas e suculentas, dispostas em rosetas e presas a um caule muito curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito amargo. Além de cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce de forma subespontânea em toda a região nordeste. Prefere solo arenoso e não exige muita água. multiplica-se bem por separação de brotos laterais (filhação). Outras espécies deste gênero são igualmente cultivadas e utilizadas no Brasil para os mesmos fins, das quais as duas mais importantes são Aloe arborescens Mill. e Aloe ferox Mill.
Usos: esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloé, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é feito pelas mulheres para o trato dos cabelos. A análise fitoquímica de suas folhas revelou a presença de compostos de natureza antraquinônica, as aloínas e uma mucilagem constituída de um polissacarídeo de natureza complexa, o aloeferon, semelhante a arabinogalactana. O sumo mucilaginoso de suas folhas possui atividade fortemente cicatrizante nos casos: de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha, , depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel; no caso de hemorróidas inflamadas, são usados pedaços, cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente preparados com auxílio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável cortada.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Annona squamosa L.
Nome populares: anona, araticum, fruta-do-conde, pinha, ata, condessa, ateira, pinheira.
Características gerais: árvore de copa irregular e aberta, de 4-8 m de altura. Folhas simples, de 8-12 cm de comprimento. Flores solitárias, de cor esverdeada. Fruto do tipo baga composta, esverdeada e de superfície papilada, com polpa branca, mucilaginosa e doce. É originária das antilhas e disseminada no Brasil pelo cultivo, principalmente no nordeste. As espécies nativas do cerrado Annona coriacea Mart. e Annona crassiflora Mart. possuem propriedades e usos medicinais mais ou menos semelhantes, além de igualmente comestíveis.
Usos: seus frutos são usados na alimentação, inteiros ou na forma de sucos e sorvetes, embora a crença popular considere que este fruto favorece o desenvolvimento de infecções, especialmente na pele e na garganta. A literatura etnofarmacológica registra, além disto, várias propriedades madicinais de suas folhas como medicação sudorífica, carminativa, estomáquica, anti-reumática e anti-helmíntica por via oral e, externamente, em compressas e bochechos , no tratamento de estomatite, nevralgias e cefaléias, bem como, na forma de cataplasma em furúnculos e úlceras para induzir a sulpuração. Uma folha umedecida ou folhas machucadas, colocadas na testa e nas fontes, são usadas para provocar o sono e aliviar a enxaqueca. São aplicadas também, sobre ferimentos e úlceras, para evitar o ataque de insetos e suas larvas. As sementes trituradas são tóxicas e reputadas como eficiente meio para eliminação de piolhos e outros ectoparasitas, devendo-se evitar o seu contato com os olhos com o risco de causar cegueira. Suas raízes são consideradas purgativas, mas só raramente são utilizadas. O estudo fitoquímico das várias partes desta planta permitiu determinar a presença de um óleo essencial contendo beta-cariofileno, germacreno e delta-elemeno como principais componentes e, entre os constituintes fixos, o alcalóide anonaína, a anonosilina II de atividade pesticida, saponina e acetogeninas, que cujo estudo farmacológico demonstrou a existência de várias propriedades biológicas, incluindo ação citotóxica, antimalárica e antimicrobiana. Dos frutos forma isolados açucares, aminoácidos e derivados caurânicos.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Anacardium occidentale L.
Nomes populares: acajaíba, acaju, acaju-açu, acajuba, acajuíba, cacaju, caju, acaju-pakoba, caju-banana, caju-da-praia, caju-de-casa, cajueiro, caju-manso, caju-manteiga.
Características gerais: árvore com copa baixa, de 5-10 m de altura. Folhas simples, de 8-14 cm de comprimento. Flores pequenas, perfumadas, vermelha a púrpura, dispostas em panículas terminais. Fruto reniforme do tipo aquênio, vulgarmente conhecido como castanha, cujo mesocarpo contém um óleo resina cáustica, conhecido como LCC (líquido da castanha do caju); no seu interior encontra-se uma amêndoa oleaginosa, comestível. O caju é o pedúnculo floral que se desenvolveu formando um pseudofruto carnoso. Seu tronco exsuda uma secreção gomosa, que fica sólida depois de seca, denominada resina-de-cajueiro. Ocorre no estado nativo nos campos e dunas da costa norte do Brasil, especialmente nos estado do Maranhão, Piauí e Ceará.
Usos: o cajueiro era usado pelos índios do nordeste do Brasil desde a época pré-colombiana. Na época da safra ocupavam as praias para beber o mocororó que é o suco da fruta fermentado, faziam e armazenavam a farinha de caju preparada com as amêndoas assadas ao fogo e moídas junto com a polpa da fruta depois de espremida e dessecada ao sol. Ainda hoje, o caju é usado como alimento in natura ou na preparação de doces caseiros, sucos e sorvetes, bem como da popular cajuína, que é o suco puro de caju destanificado e esterilizado. Apenas uma pequena parte de sua grande safra é aproveitada pela indústria de processamento do caju. A goma purificada é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma-arábica produzida na África. Nas práticas da medicina caseira são usadas preparações de uso oral, feitas com a entrecasca, a goma e o LCC, de acordo com a tradição e tidas como antidiabética, adstringente, antidiarréica, depurativa, tônica e antiasmática. Para uso externo é recomendado o uso do cozimento da entrecasca, em bochechos e gargarejos, como anti-séptico e antiinflamatório nos casos de feridas e úlceras da boca e afecçõesda garganta, embora sua eficácia e segurança terapêutica ainda não tenham sido comprovadas cientificamente. A água do cozimento das cascas é usada pelos jangadeiros nordestinos para tingir suas roupas de trabalho no mar. O LCC causa forte irritação na pele, deixando cicatrizes quase indeléveis que os jovens usam para fazer um tipo primitivo de tatuagens. Ensaios farmacológicos em laboratório demonstram que o LCC tem propriedade anti-séptica com atividade sobre os microrganismos responsáveis, respectivamente pela cárie dental (Streptococcus nutans) e pela acne (Propionibacterium acnes). Demonstratam também atividade vermicida e moluscida, além de relativa eficiência no tratamento da lepra, eczema, psoríase e filariose, mas se mostrou tóxico para os animais da experiência. Na casca desta planta forma detectados esteróides, flavonóides, tanino, catequina e outros fenóis; nas folhas jovens é mencionada a presença de vários flavonóides, galatos de metila e etila. O aroma do caju é dado pela presença de hexanal, car-3-eno e limoneno. No suco do caju foram detectados ainda vitamina C, tanino, açúcares, carotenóides e pequenas quantidades de ácidos orgânicos e proteínas. Dentre os vários subprodutos do cajueiro, destaca-se, do ponto de vista econômico, a amêndoa da castanha como complemento alimentar e aperitivo, o LCC pelo seu uso na indústria de polímeros usados para fabricação de móveis e lonas de freio de veículos automotivos. A casca da castanha contém além do LCC, flavonóides, ácidos gálico e siríngico e (+)-galocatequina, enquanto o tegumento, isto é, a película que envolve a amêndoa, encerra beta-sitosterol e a (-)-epicatequina, substância com forte propriedade antiinflamatória. A amêndoa contém 45% de óleo fixo de alta qualidade, proteínas, esteróides, triterpenóides e tocoferóis, sendo empregada em pequenas doses (5-6 amêndoas) diárias para fazer baixar o colesterol e os triglicerídeos do sangue.
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Pet
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae)
Nomes populares: Juazeiro, joazeiro, enjoá, joá, juá-de-espinho, laranjeira-do-vaqueiro etc.
Usos: os frutos são muito apreciados pelos sertanejos em época de fome e pelos caprinos em qualquer época. Cascas e folhas são tradicionalmente usadas na medicina popular do nordeste, na forma de extrato feito com água, usado por via oral para alívio de problemas gástricos e, externamente, para limpeza dos cabelos e dos dentes e para clarear a pele do rosto, sendo referido inclusive como tônico capilar anticaspa e remédio útil nas doenças da pele. As folhas e as cascas , quando, agitadas com água, produzem abundante espuma devido a sua propriedade espumígena; a entrecasca pulverizada, é muito usada para limpeza dos dentes usando-se um pouco do pó que pode se prender à escova de dente molhada.
Os resultados de ensaios farmacológicos revelam uma atividade antifebril em coelhos usados como animais de experiência; comprovam também que o juazeiro apresenta efeito mais eficaz na diminuição da placa dental do que os dentifrícios convencionais, desestabilizando a placa dental e exercendo uma ação antimicrobiana sobre Streptococcus mutans, principal germe causador da cárie dentária.
Referência: LORENZI, H. e MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas. 2a Edição. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2008.
Usos: os frutos são muito apreciados pelos sertanejos em época de fome e pelos caprinos em qualquer época. Cascas e folhas são tradicionalmente usadas na medicina popular do nordeste, na forma de extrato feito com água, usado por via oral para alívio de problemas gástricos e, externamente, para limpeza dos cabelos e dos dentes e para clarear a pele do rosto, sendo referido inclusive como tônico capilar anticaspa e remédio útil nas doenças da pele. As folhas e as cascas , quando, agitadas com água, produzem abundante espuma devido a sua propriedade espumígena; a entrecasca pulverizada, é muito usada para limpeza dos dentes usando-se um pouco do pó que pode se prender à escova de dente molhada.
Os resultados de ensaios farmacológicos revelam uma atividade antifebril em coelhos usados como animais de experiência; comprovam também que o juazeiro apresenta efeito mais eficaz na diminuição da placa dental do que os dentifrícios convencionais, desestabilizando a placa dental e exercendo uma ação antimicrobiana sobre Streptococcus mutans, principal germe causador da cárie dentária.
Referência: LORENZI, H. e MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas. 2a Edição. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2008.
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